A praia era limpa e deserta. Trilhos e pegadas traziam-lhe rumo novo.Se, até aí, conduzira a vida deixando que o "bem dos outros"marcasse todas as fronteiras, ou melhor, as fechasse, a liberdade daquela praia reconduzia-o ao caminho do coração. Esquecera-se, todos estes anos, que fora ela que ditara o olhar, que animara os sonhos, que o fazia rejubilar. Algo acontecera, sem se dar conta, para que o pulsar das artérias deixasse de ser escutado. O corpo ficara dividido e cabeça e coração quase se desconheciam. Mas naquele dia, em que a praia desenhara a liberdade, sentia-se finalmente inteiro e olhando para o ponteiro da sua bússola caminhou em direcção a ela...
A praia era limpa, deserta... e linda!
ResponderEliminarA praia era deserta o que mais a encantava ainda hoje.
ResponderEliminarDeixara de ser limpa quando fora descoberta, mas mesmo assim ela continuava a não resistir ao seu chamamento, tantas as recordações que ficaram de tempos já passados e não esquecidos!
não trocava aquela praia por outra qualquer, pois cada canto tinha uma imagem que não queria esquecer, como se esquecer fosse possível...!
Naquela praia estava parte da sua vida, porque até um beijo que o mar tivesse levado, quando lavara a praia deixara a marca, que fora a marca da sua passagem, numa tarde de amor já distante, mas tão presente.